A Tarelo, com berço na ilha do Pico, nos Açores, aposta na entrada de Tiago Macena para reforçar a sua posição e continuar a expandir a notoriedade do terroir açoriano, a nível nacional e internacional. Pela primeira vez, o enólogo estreia a sua enologia nas ilhas e assume a responsabilidade de dar “continuidade e aprofundar a identidade dos vinhos” da marca Tarelo.
Com uma vasta experiência de trabalho, o enólogo assume estar de “mente aberta” para “melhorar todas as nuances” e continuar a “fazer bem os vinhos brancos do Pico”. Os primeiros vinhos sob a sua chancela chegarão ao mercado apenas em 2026, com os vinhos da campanha de 2025 que ainda cresce nas vinhas, mas, ainda este ano será possível provar os “vinhos de afinamento” (cuidados e engarrafados) de Macena.
“É mais um desafio profissional que abraço, repleto de detalhes e nuances que ainda não domino, mas que estou ansioso por explorar. Será um período de experiência e aprendizagem que, sem dúvida, fará de mim melhor profissional… e surge justamente quando as necessidades do produtor se alinham com a minha disponibilidade e vontade de continuar a evoluir”, adianta o enólogo.
Entusiasmado com o projeto, Tiago Macena (em fase de finalização do trabalho que lhe dará o título de Master of Wine) assegura que não tem intenções de mudar o estilo base dos vinhos Tarelo, mas sim “consolidar o que de tão bem se tem feito” e aprimorar, sempre que necessário, respeitando a autenticidade do terroir do Pico. “É da combinação de vários fatores – solo vulcânico, clima imprevisível e tenacidade dos picarotos – que resultam os vinhos únicos do Pico. O sentido de lugar é a premissa mais importante deste projeto que terá sempre de ser o nosso ethos”.
As vinhas da Tarelo distribuem-se por três localizações — Vinha da Ruína, Canada das Lavandeiras e Candelária —, próximas do oceano e protegidas pelos tradicionais jeirões (conjunto de currais) e por canadas (muros de basalto), onde são plantadas, exclusivamente, castas brancas, nomeadamente Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico.
Com a entrada de Tiago Macena no projeto, a Tarelo reafirma o seu compromisso com a autenticidade e a excelência dos vinhos do Pico. “Cada terroir é único, mas o dos Açores é raro e, por isso, especial”, completa o enólogo.