Vieira de Sousa, empresa familiar produtora de vinhos do Douro e Porto localizada na sub-região do Cima Corgo, acaba de ser distinguida com o prémio ‘Produtor de Vinhos Fortificados do Ano’, por ocasião do evento ‘Os Melhores do Ano 2021’ da Revista de Vinhos. A publicação destaca o facto de os Vinhos do Porto da Vieira de Sousa serem rústicos, mas simultaneamente frescos e elegantes, sendo “uma autêntica biblioteca viva que está a ser apurada”.
O prémio foi entregue a Luísa Borges, coproprietária, enóloga e o rosto mais visível da Vieira de Sousa, que afirma ser “uma conquista de equipa e de família, pois é sem dúvida o resultado de todo o trabalho desenvolvido em busca do equilíbrio perfeito entre o passado e o presente. A Vieira de Sousa é na sua génese uma cuidadora de vinhos velhos e uma pensadora de vinhos futuros. Continuaremos a trabalhar para homenagear os nossos antepassados e para ajudar a elevar os Vinhos do Douro, nomeadamente, os Vinhos Fortificados”. O conhecimento e íntima ligação a cada vinha, a paixão e entrega total de Luísa, Maria Borges e toda a família, têm permitido atingir patamares de qualidade únicos e de reconhecimento internacional. Luísa, tinha sido já reconhecida pela Revista de Vinhos, em 2019, com a nomeação de “Enólogo Revelação do Ano”. Nesse mesmo ano, Luísa foi também distinguida com “Prémio Revelação” do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, um reconhecimento pela inovação empreendida na empresa.
A Vieira de Sousa foi criada em 2008 por Luísa e Maria de Lurdes, sua mãe. Inspirada pela história familiar de produção de vinho do Porto, a Vieira de Sousa continua a produção de vinhos do Porto, iniciada há 5 gerações por José Silvério Vieira de Sousa – tetravô de Luísa e Maria Borges, a mais nova geração da família e proprietárias.
Com a criação da Vieira de Sousa, deu-se início ao novo projeto de engarrafamento de vinhos do Porto com marca própria. Atualmente, a família no seu conjunto detém cerca de 70 hectares de vinhas dispersas por quatro propriedades, todas situadas na sub-região do Cima Corgo: Quinta da Água Alta (congrega a Quinta do Bom Dia e a Quinta do Espinhal), Quinta do Fojo Velho, Quinta da Fonte e Quinta do Roncão Pequeno. Algumas das quintas têm singelas adegas e os tradicionais lagares de granito, estando o centro da operação situado na zona industrial de Paços, em Sabrosa, espaço este equipado com a mais recente tecnologia de produção de vinho.
Nesta última década, a Vieira de Sousa tem apostado nos LBV, sempre não filtrados, mostrando a qualidade e autenticidade do seu terroir. Todos os Vinhos do Porto são envelhecidos no Douro, em armazéns com chão de terra e beneficiando de localizações mais frescas, a altitudes em torno dos 500 metros. Junto ao rio Douro fica boa parte das vinhas, todas em solos de xisto e idades médias superiores a 40 anos. Mais recentemente, a produtora começou a aventura na produção dos DOC Douro, que já representam metade das 120.000 garrafas de produção média anual.
Entre os projetos futuros da Vieira de Sousa, está a abertura de um alojamento local numa das quintas da família. Estes alojamentos, que eram antigas casas dos caseiros, encontram-se junto ao rio Douro, localizadas no meio da vinha, proporcionando assim uma experiência única e uma total comunhão com a autenticidade da região.