Os resultados do primeiro semestre já são conhecidos e a Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) congratula-se com um aumento significativo de certificação de vinhos da região. Entre Janeiro e Junho de 2023 foram certificados 16,8 milhões de litros, o que representa um crescimento na ordem dos 11,5%, face ao período homólogo do ano transato. Deste valor total, 5 milhões de litros – a representar aproximadamente 1/3 – tiveram como destino a exportação, com maior destaque para países da União Europeia, dos quais lideram a Suécia e a Polónia. Isto reflete-se num aumento de quase 50%, comparativamente com 2022, o que é muito animador para os Vinhos do Tejo.
Analisando os dados dos últimos cinco anos, ou seja, entre 2018 e 2022, a CVR Tejo registou um aumento bastante significativo no primeiro triénio e mais paulatino nos anos seguintes. Em 2018 foram certificados 13,5 milhões de litros de Vinhos do Tejo, valor ao qual se somaram quase 10 milhões no ano seguinte, traduzindo-se num crescimento de 94%, com 2019 a registar 23,3 milhões de litros. Nos dois anos de pandemia os números continuaram a crescer: em 2020 atingiram-se os 29,5 milhões de litros e, em 2021, foi ultrapassada a barreira das três dezenas, com 30,5 milhões de litros certificados. Com o efeito da pandemia e a guerra na Ucrânia, instalou-se uma crise mundial e, em 2022, inverteu-se a tendência de crescimento, com 27,9 milhões de litros certificados.
As previsões para este ano são animadoras, o que se reflete num primeiro semestre com crescimento de cerca de 11,5% face a 2022 (15,10 milhões de litros). Se compararmos com 2018, ano em que a certificação de janeiro-junho foi de 6,8 milhões de litros, menos 10 milhões que este ano, regista-se um aumento de 149%. Ainda de olhos postos nos dados deste primeiro semestre, nota para o aumento de 35,7% no que toca à certificação de vinhos com selo DOC do Tejo.
Outra nota bastante positiva é o aumento de consumo de Vinhos do Tejo no canal HoReCa. Uma maior apetência na restauração capitaliza em vinhos diferenciadores e de valor mais elevado, o que é uma mais-valia para a construção de marca e notoriedade da região. Com o efeito de “contágio”, a começar nos profissionais e prescritores, este é um caminho importante para a região.
Luís de Castro, presidente da CVR Tejo, mostra-se satisfeito com “os dados deste primeiro semestre, que revelam bons indicadores de crescimento e alavancam a confiança na recuperação acumulada ao ano.”. O presidente da entidade que regula a produção e a certificação dos Vinhos do Tejo não tem dúvidas que a região vai continuar a crescer e a conquistar, cada vez mais, quota de mercado nacional e internacional. Estes resultados são fruto do grande trabalho feito pelos produtores, com o incentivo da CVR Tejo, no que toca à valorização do território, do produto e da marca Vinhos do Tejo, umbrella de vinhos com Denominação de Origem Controlada ou Indicação Geográfica Protegida.