A Quevedo é uma pequena adega familiar onde a qualidade não é apenas um objetivo, é uma tradição. A Família Quevedo carrega uma herança de mais de cinco gerações na viticultura e na arte da produção de Vinho do Porto, no entanto, a empresa só foi fundada em 1993. Apesar do rico património, ao atingir a marca das três décadas o percurso está apenas a começar. Em entrevista à Wine Book Magazine, Óscar Quevedo, mostra que cada dia é uma nova página na história da Quevedo, onde continuam a explorar apaixonadamente as diversas formas como os vinhos podem ser saboreados e apreciados.
Texto: Pedro Silva
Fotografias: Fotos D. R.
É no Douro que nasce o Vinho do Porto, afirmando-se hoje como fonte de notoriedade redobrada para a região…
OQ: O vinho do Porto tem duas datas que são muito importantes, talvez, mais do que outras, que é o ano de 1756, o ano da demarcação da região do Douro. Nessa altura, em 1756, havia duas outras regiões no mundo que já tinham uma demarcação, mas não estavam regulamentadas, ou seja, havia uma delimitação na área onde se podia produzir vinho, em Tokaji, na Hungria e em Chianti, na Itália, mas não teve uma regulamentação. E o Douro trouxe a primeira região demarcada no mundo porque o Marquês de Pombal, no reinado de Dom José I, o que fez foi regulamentar e delimitar. Uma das regulamentações que fez foi obrigar a que as explorações tivessem lugar só a partir do entreposto do Porto. Esta zona onde se tornou a nova região, onde os comerciantes faziam comércio, pertencia ao Porto. A falta de espaços, a necessidade de transitarem para a margem sul. Este é o primeiro ano importante, de 1756, e depois o segundo ano, igualmente importante, em 1986. Em 1986, a União de Portugal junta-se à União Europeia, e uma das condições para a adesão de Portugal foi a liberalização do mercado vinho do Porto. Isto quer dizer que o mercado era regido pela regulamentação de 1756, na qual só os comerciantes, com o entreposto em Vila Nova de Gaia, podiam exportar. Isto, essencialmente, poderia dizer que milhares, dezenas de milhares de produtores de uva da região do Douro e umas centenas de produtores de vinho do Porto, que depois vendiam a granel aos comerciantes, estavam excluídos do mercado.
E quando surge a Quevedo?
OQ: A Quevedo é uma família que vai agora na quinta geração, em que os meus três avós começaram por produzir uva e fazer vinho do Porto, que não podiam fazer mais do que vender, exportar, pela razão que acabei de descrever. E isto dura até aos meus pais. São os meus pais que, em 1990, decidem construir uma adega nova. O primeiro ano de produção foi em 1981. Em 1983, a empresa é fundada e começa a exportação. E este foi o período chave que muda completamente a minha vida e a vida da minha irmã, que é enóloga. Enquanto produtores de uva e de vinho, foi quando nós começámos a ter a possibilidade de comercializar. Naturalmente que este é um assunto que não é muito falado, porque as casas de Vila Nova de Gaia teriam todo o interesse de manter as coisas como estavam em estado de escala. O que elas queriam, talvez, é que continuasse a ser limitado ao intercâmbio de Vila Nova de Gaia, a possibilidade de exportação. Felizmente a União Europeia não aceitou isso.
Sugiram grandes alterações?
OQ: Não é que muito tenha mudado. Em 1986, tínhamos 100% das exportações de Vila Nova de Gaia. Hoje em dia temos 96% ou 97%. Portanto, não houve uma grande alteração. No entanto, conseguimos mudar muitas coisas. Pelo menos já temos umas dezenas de pequenos produtores, muitos pequenos, alguns deles, que engarrafam, produzem, exportam e comercializam no mercado nacional o mercado ganhou dinamismo.

Que anos foram sendo importantes?
OQ: A Quevedo em 1993 passa a ter esta preocupação na venda engarrafada. No início ainda tivemos que vender vinho a granel, porque ninguém consegue vender de um dia para o outro, por causa da exigência dos regulamentos para engarrafado, mas pouco a pouco, começamos a faze-lo. Em 2004, começamos a exportar.
O Óscar e a Cláudia hoje são os rostos da Quevedo…que papeis desempenham?
OQ: A Cláudia é 7 anos mais velha do que eu. Levamos a vida a ritmos diferentes e com interesses diferentes dentro do negócio. Ela estudou Enologia, na UTAD, em 1999. Pouco tempo depois de ter acabado o curso, começou a trabalhar na nossa empresa. Na altura era o meu pai que fazia as uvas. Ela preocupa-se com aquela parte da produção do vinho do Porto, com os lotes do vinho do Porto, o engarrafamento do vinho do Porto. Faz também algumas provas, incluindo no estrangeiro, que pedem que sejam acompanhadas pelo enólogo. Eu faço parte comercial, é a minha preocupação diária. Depois estou bastante presente e atento ao que se vai passando desde a vinha até ao copo, onde podemos incluir aqui a sala de provas de Vila Nova de Gaia que nós agora temos. Fazemos um bocadinho de tudo, na verdade.

Está em contacto com o mercado nacional e inevitavelmente com o mercado internacional…
OQ: O mercado nacional tem uma vertente do saudosismo, do fado, que nos remete um pouco para um consumo festivo, de celebração, de um momento de recuperar, de viver memórias, talvez até há 15 ou 20 anos. Eu acho que tudo o que nós estamos a viver com o turismo está a fazer-nos refrescar tudo aquilo que são as nossas rotinas e tradições mais antigas e reviver uma série de coisas que nós, se calhar, tínhamos esquecidas. E o vinho do Porto é uma delas. O que nós vemos em Portugal é um cliente que consome menos, mas que consome melhor. Ou seja, as vendas por consumidor, por pessoa, per capita, estarão a cair, se nós excluirmos o turismo, mas quem bebe, bebe melhor. Bebe mais vinhos de qualidade superior. Depois o turismo vem e muda bastante os números também. Portugal é já o país que mais vinho do Porto consome, com um preço médio muito interessante. Pelo menos a não decair, que é o que nós vemos numa série de mercados. São os mercados mais tradicionais, os Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, Holanda ou França.
E fora do país?
OQ: O mercado estrangeiros, o que nós vemos em termos de vinho do Porto é uma separação entre estilo Ruby e estilo Tawny, muito em função das casas que foram exploradas inicialmente nesses mercados. Mercados como o francês, o belga, que tendem a consumir mais Tawny. Mercados como o inglês, o americano, etc…de certo modo holandês, preferem vinhos do Porto Ruby. As casas inglesas tinham essa tradição de levar os vinhos muito jovens em casco, engarrafado no destino. Os Vintage são um bom exemplo disso. E criaram um mercado muito à volta do Ruby. Os portugueses guardavam aquilo que eles conseguiam vender em casco, depois deixavam de ser Ruby porque passavam a envelhecer em casco e passavam a ser Tawny. Depois o mercado inglês cresceu muito à volta do Tawny porque era aquilo que ficava disponível.
Mantém-se a tendência, beber menos, mas melhor?
OQ: Mantém-se esta tendência de menos, mas melhor, lá fora, o que eu acho que seja é de todo um problema, porque há muito vinho do Porto. O que pode ser um problema e que até ainda é, é ser vendido a preços muitíssimo baixos. Servem um propósito da produção de uva, da produção de vinho. São coisas com pouco interesse, por exemplo vender aqui uma bebida com uma qualidade que não é boa, que se calhar nem representa bem a dominação da origem Porto. É muito importante a educação, que é uma coisa que nos está a faltar muito. É ensinar, explicar às pessoas, formar quem trabalha no mundo da restauração e até do comércio, em termos de lojas, garrafeiras. O vinho do Porto viveu muito à sombra dessa tranquilidade. As coisas estão vendidas, as coisas vão sendo as mesmas. E hoje em dia custa-nos muito. Os vinhos fortificados estão fora de moda. Se calhar porque os nossos avós bebiam os vinhos de baixa qualidade, mas tinham o hábito de beber e mantinham essa bebida. Portanto, estamos a passar uma fase de renovação…talvez até terá que haver uma revolução dentro do setor para nos ajustarmos a tudo isso.
E a vossa produção?
OQ: Em termos de produção, mantemos uma estrutura produtiva, ou seja, a área de vinha que se estabilizou há 20, 25, 30 anos atrás, quando as vendas eram 30% acima do que são agora, ou seja, as vendas que eram 30%, se calhar seriam 50% acima do que são agora. Estamos com uma quantidade brutal de uva a ser produzida para um fim que é um mercado muito mais curto com um volume muito menor. Isso obriga o setor como um todo a repensar como é que consegue fazer a região. Claro que ninguém gosta de ver as vinhas serem arrancadas, mas se há 30 anos atrás nós vendíamos 10 e hoje vendemos 7, acho que não faz sentido que continuemos a produzir 10 porque não há mercado para 10, há mercado para 7. Se quisermos manter os 7 saudáveis, temos então que ajustar a nossa capacidade de produção para essa estrutura. E a esse nível, por exemplo, são alterações que podem ser feitas em Portugal.
Podemos comunicar melhor o vinho do Porto?
OQ: Acho que precisamos muito da ajuda da restauração. A restauração é um setor da atividade económica que trabalha, ou que se apoia muito nas vendas de vinho para conseguir equilibrar as margens. Ou seja, se hoje for almoçar em qualquer restaurante, se eu pedir água, o restaurante ganhará talvez entre 1€ e 3€ com o meu pedido de água. Se eu for pedir vinho, o restaurante talvez não ganhe menos de 10€ com a garrafa que eu for pedir e pode ganhar entre 100 e 200€.
Não estaremos a exigir demasiado do setor vínico?
OQ: Creio que é exigir demasiado do vinho. Porque todos nós compramos vinho no restaurante, mas também compramos em lojas. Quando entramos no supermercado ficamos esmagados. Sabemos que o vinho que custa 3 ou 4€ no supermercado vai ser oferecido por 15 ou 20€ no restaurante. Eu sei que o restaurante está a pedir-me para pagar a minha vontade de beber vinho a um valor muito superior àquilo que se calhar eu estou disponível para pagar. E o restaurante não usa os mesmos métodos, ou o mesmo diferencial para a água, para a cerveja ou para uma Coca-Cola. Naturalmente que é uma questão, talvez, cultural e o que é incrível é que isto é transversal à restauração do mundo inteiro. Talvez haja alguma razão muito forte que eu não consigo ver. Mas acho que o vinho do Porto precisa da ajuda da restauração, precisa da ajuda dos sommeliers, dos restaurantes mais caros e mais baratos, mais de almoço, mais de jantar para conseguir voltar a pôr o vinho do Porto na mesa.
O que falta fazer?
OQ: Nós aqui precisamos fazer um trabalho muito grande com a restauração, com escolas que estão associadas à educação dos sommeliers, dos mesmos simples empregados de mesa. Acho que é um trabalho muito grande para fazer. Este trabalho é de escolas de hotelaria. A marca Porto vai ter que ser reconquistada e renascida. Ou pelo menos talvez não seja reconquistada, porque existe e é relevante, mas ser colocada novamente, ativada na cabeça das pessoas, a partir desses canais é mais fácil do que uma loja.
Sabemos beber vinho do Porto?
OQ: Acho que o vinho do Porto, servido a uma temperatura correta, no final do almoço ou do jantar certo, toda a gente gosta. Não tem que ser um copo muito grande, não tem que ser um vinho do Porto tão exclusivo, mas dá prazer, é satisfatório. Temos que voltar a colocar isto na cabeça das pessoas. Temos de nos lembrar que o vinho do Porto é uma bebida alcoólica, que o álcool é um elemento muito volátil. Se pensarmos, por exemplo, no álcool etílico que desaparece das mãos passado alguns segundos. Quanto mais alta for a temperatura, mais presente o álcool vai estar. Temos de ter uma série de cuidados com o vinho do Porto que são exigidos para dar mais prazer. Temos de definir a própria experiência e o contacto com o consumidor. Claro, nós crescemos a ouvir que o vinho do Porto serve-se à temperatura ambiente.
Mas a temperatura ambiente mudou…
OQ: Ocorre que a temperatura ambiente há 40 anos atrás, na casa dos nossos avós, talvez fosse de 3 ou 4 graus, e na verdade colocávamos a garrafa de vinho ao lado da fogueira para aquecer. E isso é tudo certo, eu vivia isso e achava que fazia sentido. Agora, a minha casa tem um isolamento que não tinha a casa dos meus avós e tem um aquecimento que não tinha a casa dos meus avós. Portanto, se eu servir o meu vinho tinto, o vinho do Porto, à temperatura ambiente, se calhar 20ºC , sejam 19ºC, não me vai dar o mesmo prazer do que se eu a servir a 15ºC. Portanto, este cuidado, este hábito de, se for no inverno, pôr-nos a garrafa do lado de fora da janela, se for no verão, colocarmos 20 minutos no frigorífico, só vai melhorar a nossa experiência. É um dos nossos primeiros beneficiados disto. E é o restaurante o primeiro beneficiado com a temperatura certa, porque a culpa depois não vai ser ou do vinho, ou do copo, ou da comida que não harmoniza com o vinho. Acho que pelo menos é respeitar o vinho logo naquilo que são as condições mais básicas. E eu acho que se nós levarmos isto a fundo, a questão da educação das profissionais da restauração, e formos dizendo aqui duas ou três coisas, de vez em quando, ao consumidor, a coisa vai devagarinho fazer sentido. E, claro, ambicionar, não fazer um volume que se fazia há 30 anos atrás, quando o consumidor era outro. É um vinho que agrada. Quando é bem-servido, no momento certo, ninguém fica indiferente. Então só temos que ser inteligentes na maneira como vamos fazer reviver a coisa.
Podemos harmonizar uma refeição com vinho do Porto?
OQ: É. Já tive o gosto de fazer várias. O vinho do Porto, tendo mais álcool do que tem o vinho normal, vai nos obrigar a outros cuidados. Tendo o açúcar, no nosso caso, nós temos um produtor que gosta muito de fazer vinhos menos doces, na casa dos 80 a 90 gramas. E o açúcar também é um outro elemento de complexidade que nos vai preenchendo, enche-nos um pouco mais o estômago.
Então o melhor será no início ou no final de uma refeição…
OQ: Acho que há uma série de pratos de entradas que vão muito bem com o Porto, brancos, frescos. Eu, se calhar, prefiro atirá-lo para o final do prato principal, para o final do peixe ou da carne, e trazê-lo com queijo, com chocolate, com as sobremesas, com os frutos secos. Acho mais natural, acho que a coisa flui melhor.
Qual o vinho da Quevedo que poderia definir o Óscar?
OQ: Talvez um Crusted. Um Crusted é um vinho encrustado, se calhar seria a tradução portuguesa da palavra, que ganha uma crosta no fim. É um vinho que tem uma mistura de 2 a 3 anos de vintage e envelheceu em garrafa mais de 3 anos. É a maneira que nós o fizemos. É uma maneira um bocadinho mais rústica, antiga, em que quase há um estilo do meu avô João. E eu acho que revivi aqui um pouco do porto, que é um porto um bocadinho mais duro, um porto mais maduro. Não é um porto que agrada assim a todos, mas que é um porto que sabe bem onde está e o que quer, o que gosta.
O Crusted é vinho do Porto muito apreciado pelos Ingleses…
OQ: O Crusted tem uma história muito engraçada e está muito associado aos ingleses. Os ingleses compravam os vinhos da vindima, foi assim que a coisa foi crescendo na Inglaterra. Eram os vinhos de 1810, de 1811, de 1812, e depois chamavam os vintage, geralmente faziam um inverno no Douro. Faziam uma decantação natural, o frio ajuda a precipitar, nós vemos isso muito bem nos que fizemos lá em casa. Ao fim de duas horas no frigorífico, a parte superior está muito líquida, o fundo está muito espesso e o vinho também tem uma decantação muito boa quando apanha um inverno ali no Douro, com temperaturas negativas. Depois o vinho passava este inverno aqui em Portugal, ia para a Inglaterra, e uma vez em Inglaterra era engarrafado como vintage e depois chegava uma altura, quando se engarrafava, não era engarrafado diretamente dos cascos, era transportado em cascos. Quando chegava a um determinado nível mais baixo, começava a aparecer depósito, borra, e então deixava de se encher, de se engarrafar, juntava-se o depósito dos cascos todos e a seguir esperava-se mais umas semanas, uns meses, para fazer nova decantação e ele decantaria e seria engarrafádo como Crusted, um lote de sedimento de várias vindimas que não filtrava, depois voltava a ganhar sedimento na garrafa e é este o legado, um legado inglês enorme no setor.
Como imagina a Quevedo daqui a 10 anos?
OQ: Acho que o caminho está bem definido. Acho sempre que a vida nos dá mais do que nós merecemos. Acho que nós não fizemos para ter tanto tempo nem para conseguir chegar onde estamos tão rápido. Depois há uma série de sortes na vida que contam muito e que nos ajudam a acelerar as coisas. Em termos de vinho do Porto, estou muito contente. Temos uma gama muito complexa, fazemos praticamente todo o estilo, não todo, mas muito próximo de todos os estilos. Talvez não haja muitos produtores, se é que há algum, com uma gama tão completa como a nossa e isso dá-nos muito gozo, porque fazemos de facto aquilo que gostamos e conseguimos fazê-los todos diferentes. Em termos de vinhos do Douro, os vinhos do Douro têm 25 anos de história, talvez não mais de 30. A Real Companhia Velha é a grande exceção, da qual os portugueses muito se podem orgulhar. Agora, se calhar em 25 anos, a própria região está a crescer, a aprender, a descobrir-se. Os vinhos brancos são coisa dos últimos 10 anos. Quando cheguei ao setor em 2009, o vinho branco ainda era uma coisa experimental, estávamos aqui a ver o que é que funcionava, com o que castas, com que madeira, com que estilo.
E os vinhos tranquilos da Quevedo?
OQ: Nós somos um produtor orgulhosamente de vinho do Porto, mas fazer vinho do Douro também nos dá muito gozo, porque bebemos mais volume. Bebo em casa mais vinho tranquilo do que bebo vinho do Porto, na verdade. E há essa vontade da descoberta, do terroir, nós somos pessoas de São João da Pesqueira, do Douro profundo, da parte agrícola, da terra, e a possibilidade de nós fazermos vinhos diferentes, com as mesmas castas, mas porque vamos buscar localizações diferentes, maneiras de fermentar diferentes, ainda nos falta testar muito. Eu acho que esse experimentalismo vai nos ajudar a crescer muito, a aprender muitíssimo, e eu acho que vai aparecer um pouco, por aí, o crescimento em termos de vinho do Douro, que eu imagino que a Quevedo venha a ter.
O Turismo é fundamental para darmos a conhecer o que de melhor fazemos…
OQ: O turismo tem um peso cada vez mais importante, nas casas de vinho do Porto, em geral, e de vinho tranquilo em Portugal, como um todo. O turismo tem mudado, direta ou indiretamente e tem um impacto muitíssimo grande. Se calhar, se me perguntasse há 15 anos atrás se achava que íamos ter uma sala de provas em Vila Nova de Gaia, achava que não. Gaia jamais. E aqui estamos nós, já com mais de uma década de loja. Portanto, não sei, eu gosto muito de viver o dia-a-dia. Não acredito em grandes passos. Não acredito em carregar num botão e de repente estarmos todos a fazer um grande projeto. Acho que as coisas devem ir pouco a pouco. Estou muito contente porque temos uma equipa de 50 pessoas que é muito completa, que consegue sustentar tudo aquilo que é a empresa e motivar-nos para ir para novos caminhos.