Depois de um ano bastante dinâmico, com a reformulação da identidade corporativa e com o lançamento de novos rótulos, em imagem e em estreia de referências, a Quinta da Lagoalva – pertença da família Holstein Campilho e cuja propriedade é uma das maiores e mais antigas da região dos Vinhos do Tejo – brinda à época festiva e à chegada de um novo ano com o lançamento da colheita de 2021 de dois vinhos bastante especiais: o espumante Lagoalva Reserva Bruto e o Dona Isabel Juliana Grande Reserva, o topo de gama tinto do produtor.
O Lagoalva Espumante Reserva Bruto branco (€8,99) resulta do casamento entre duas castas, cujo nome começa pela primeira letra do alfabeto: a branca Arinto, em maioria neste lote (80%), e a tinta Alfrocheiro (20%), muito acarinhada na Quinta da Lagoalva, ao ponto de ser personagem única de um vinho. Um espumante de bolha fina, frescura vincada, bom volume e persistência de boca, o que lhe confere uma harmonização eclética: pode beber-se, a 8 a 10.º C, como aperitivo, mas também a acompanhar saladas, massas, mariscos, carnes magras e peixes grelhados. Com cor citrina, característica que segue para o aroma e à qual se somam notas de panificação e levedura. No que toca à vinificação, as uvas foram prensadas diretamente, sem esmagamento nem desengace. O mosto assim obtido foi clarificado por decantação estática, seguindo-se a fermentação a temperatura controlada. Posteriormente procedeu-se à estabilização tartárica a baixa temperatura, de modo a preparar o vinho para a segunda fermentação em garrafa. Após estágio de 18 meses em garrafa, com contacto com as borras, foi feito o dégorgement.
O Dona Isabel Juliana Grande Reserva tinto 2021 (€35,90) é o topo de gama da Quinta da Lagoalva, tendo igual posicionamento num branco com o mesmo nome. Chega-se agora à quinta edição, depois da estreia em 2009 e das colheitas de 2013, 2015 e 2017, sempre com a mesma tríade de castas, em igual percentagem de Alfrocheiro e Touriga Franca e 20% de Touriga Nacional, vindimadas à mão durante o mês de setembro. Após 3 dias de maceração, a fermentação alcoólica ocorreu em lagares de inox, a 26.ºC. Seguiu-se a prensagem (hidráulica) das massas e a fermentação maloláctica, feita em barricas de carvalho francês novas e de segundo ano, onde estagiou durante 14 meses. Estamos perante um tinto de cor granada intensa e um aroma complexo a frutos pretos maduros, compota e baunilha. Na boca tem bom volume, os taninos são elegantes, terminando longo e persistente.