Com uma demanda grande e depois da ausência durante duas colheitas, devido à particularidade da sua feitoria, a Quinta da Lagoalva – pertença da família Holstein Campilho e cuja propriedade é uma das maiores e mais antigas da região dos Vinhos do Tejo – anuncia o lançamento da nova edição do seu vinho de “colheita tardia”, um branco peculiar, pela sua doçura. Já com nova imagem, acompanhando o rebranding do logo e dos rótulos dos vinhos da Quinta da Lagoalva, e agora em garrafa de 500mL, falamos do Lagoalva Late Harvest 2022, a colheita que assinala os 25 anos desde a primeira edição, em 1997.
Um Colheita Tardia ou Late Harvest (designação em inglês e, no caso do Lagoalva, presente no rótulo) é um vinho doce não fortificado, em que, como o nome indica, as uvas são colhidas mais tarde, face ao habitual tempo de vindima. Pela desidratação, consegue-se assim uma maior concentração de açúcar nos bagos e, por conseguinte, no mosto e depois no vinho. “Para o Late Harvest, precisamos de uvas afetadas com o fungo “podridão nobre” ou Botrytis cinérea, que acelera a desidratação dos bagos. As condições climatéricas são fundamentais, mas as variedades de uva também! Na região dos Vinhos do Tejo somos bafejados por boas condições, pela proximidade ao rio e pelo clima, com neblinas matinais e noites húmidas, que permitem o desenvolvimento do fungo, e dias quentes e solarengos, a ajudarem na desidratação dos cachos, mas quando “inverna cedo”, nada feito! Fazer um vinho de colheita tardia é um processo complexo e a mostrá-lo o facto de, em 25 anos, termos menos de metade dos anos em edições lançadas.”, afirma Pedro Pinhão, administrador e diretor de enologia da Quinta da Lagoalva.
Para a criação do Lagoalva Late Harvest 2022, as uvas foram apanhadas no dia 11 de novembro, numa conjugação de três castas: Riesling, Sauvignon Blanc e Fernão Pires. Nas primeiras edições, ao Riesling juntava-se a Gewurztraminer. A alteração aconteceu com a Sauvignon Blanc a contribuir com mais podridão nobre e a Fernão Pires com fruta e volume de boca. Com fermentação em barricas de carvalho francês, durante seis meses, o Lagoalva Late Harvest 2022 revela um aroma intenso, com destaque para a fruta branca e um toque floral, tão típico da casta Fernão Pires. Na boca, fruta branca e algum citrino e mel. A presença da botrytis confere-lhe complexidade, estrutura e persistência. Com bom volume de boa, a sua untuosidade é equilibrada com acidez bem presente.
Ideal para harmonizar com queijos de pasta mole e com sobremesas à base de laranja e frutos secos, pela sua acidez, o Lagoalva Late Harvest 2022 suporte algo mais doce, sempre ao gosto de cada um. Esta edição resulta em 1500 garrafas de 500mL (as edições anteriores eram de 375mL), com um PVP de €19,90.