A empresa Vieira de Sousa Vines & Wines foi criada em 2008, mas a família Vieira de Sousa tem uma longa história na região demarcada do Douro, sendo produtora de vinho do Porto há cinco gerações, altura em que o tetravô de Luísa e Maria Borges registou esta marca de vinhos do Porto.
Com um imponente espólio de vinhos do Porto antigos, foi com grande entusiasmo que as irmãs viram, recentemente, o Instituto de Vinhos do Douro e Porto (IVDP) autorizar a categoria especial de ‘vinho do Porto com indicação de idade 50 anos’. É agora chegado o momento de lançarem o seu Vieira de Sousa Porto Tawny 50 Anos, uma estreia à qual se junta o primeiro Vieira de Sousa Porto Colheita branco, um single harvest white de 2003, raridade anunciada com muita expectativa. Mas as novidades para este final de ano não se ficam por aqui e incluem novas colheitas de três DOC Douro: Vieira de Sousa Reserva branco e tinto – de 2021 e 2020, respetivamente – e Vieira de Sousa Unoaked tinto 2021. Uma mão cheia de novidades para brindar ao Natal e a 2023, ano em que a empresa deste trio de mulheres celebra 15 anos.
O ano de 2022 foi, sem dúvida, repleto de novidades e com uma forte aposta na expansão do negócio. Para além de novos vinhos, a Vieira de Sousa abriu portas ao enoturismo, ainda num registo de soft opening, e uma loja on-line, sempre com o objetivo de proporcionar aos seus consumidores uma experiência cada vez mais completa.
O legado familiar registado em dois vinhos do Porto bastante exclusivos
Com um homólogo em tinto, o Vieira de Sousa Porto Colheita branco 2003 é a estreia nesta categoria, pouco comum e bastante cativante para apreciadores de vinho do Porto. Este é um vinho do Porto muito especial por isso, mas também porque resulta de mistura de castas em Vinhas Velhas, de uma vinha da Quinta da Fonte – plantada em altitude, a 500 metros, em Celeirós –, que já não existe com esta configuração, uma vez que foi, entretanto, reestruturada. Um registo de passado, que, no copo, se mostra um vinho delicado, cheio de complexidade e história para saborear. Apresenta uma cor oxidada pelo envelhecimento em madeira, acompanhada por uma acidez crocante e prolongada, na boca.
Está no ADN da Vieira de Sousa lançar vinhos do Porto com legado histórico, caráter único e bastante exclusivos. Para reforçar essa filosofia e o portefólio da produtora, é tempo de revelar e partilhar o Vieira de Sousa Porto Tawny 50 Anos, um vinho excecional, elaborado a partir de vários lotes de vinhos do Porto, com uma idade mínima de 50 anos de estágio em tonéis e pipas, silenciosamente guardados nos armazéns das propriedades da família. Este envelhecimento prolongado confere-lhe uma estabilização natural, obtendo-se um vinho de qualidade superior, com uma cor tawny profunda e uma complexidade de aromas. No copo, este icónico Tawny 50 anos revela uma cor torrada, dourada e com uma forte aurela verde. No nariz, estamos perante um vinho de outra era, mas muito vivo e delicado. No paladar, apresenta uma boa concentração de café e licor e longo final de boca, a terminar de forma crocante.
Um trio de Vieira de Sousa DOC Douro com novas colheitas
O icónico ano de 2011 ditou a chegada da Vieira de Sousa à produção de vinhos DOC Douro, todos produzidos com uvas próprias – e castas autóctones –, provenientes dos cerca de 70 hectares das diferentes propriedades da família, com destaque para duas quintas, das quatro existentes, localizadas na sub-região do Cima Corgo: Quinta da Água Alta (que congrega a Quinta do Bom Dia e a Quinta do Espinhal), em Gouvinhas; e a Quinta da Fonte, em Celeirós do Douro. Atualmente, o Douro representa já metade das cerca de 120.000 garrafas de produção média anual da Vieira de Sousa.
Da Quinta da Fonte, onde se encontra a casa da família e uma respeitada capela, têm origem as uvas que dão vida ao Vieira de Sousa Reserva branco 2021. Situada a 500 metros de altitude, no peculiar planalto de Celeirós, e virada a nascente, esta vinha tem uma localização privilegiada para a produção de uvas brancas, bastante frescas e com estrutura. O solo xistoso e a altitude são fatores decisivos para a qualidade e potencial destas uvas. As castas presentes na Quinta da Fonte são várias, estando plantadas por talhões, o que possibilita uma escolha criteriosa para este vinho, a cada colheita. Rabigato e Viosinho foram as eleitas esta colheita, tendo fermentado, em conjunto, em barricas de carvalho francês, onde estagiaram durante 10 meses.
O irmão Vieira de Sousa Reserva tinto 2020 é produzido com uvas de uma única vinha, situada na Quinta da Água Alta, em Gouvinhas. A uma cota mais baixa, mas igualmente virada a nascente e situada num vale fresco, é ideal para a produção de uvas equilibradas – maturação e frescura – para este belo tinto do Douro. Feito de um dueto de Tourigas – Francesa e Nacional – estagiou em barricas de carvalho francês, durante 12 meses, tempo que lhe conferiu estrutura e amaciou os taninos. Com uma cor vermelha média, é muito expressivo no aroma, que revela frutos vermelhos bastante vivos, dominados por um perfil fresco. Na boca, é muito vivo e revela mais concentração do que a colheita anterior.
Num registo diferente, o Vieira de Sousa Unoaked tinto 2021 é igualmente produzido com uvas de Touriga Francesa e Nacional da Quinta da Água Alta. Sem estágio em madeira, como indica o nome, é um tinto bastante suave e elegante, com aromas ricos de fruta fresca. Na estrutura de boca é um vinho equilibrado e fresco.