A gama Quadraginta é composta por três vinhos distintos – um tinto, um branco e um moscatel de setúbal – sendo cada um deles, uma homenagem e uma interpretação singular da riqueza e complexidade da Península de Setúbal. Criados a partir de castas cuidadosamente selecionadas e com envelhecimento em barricas de carvalho, estes vinhos traduzem a visão e o savoir-faire do enólogo numa expressão única e sofisticada.
“Foi em 1980 que regressei à Quinta de Camarate, às vinhas da família e ao sonho da enologia e viticultura. Aportei em casa com o velho baú, que me acompanhara Estados Unidos fora”. É com uma retrospetiva pelos sonhos que viveu que inicia a carta de despedida de Domingos Soares Franco, enólogo inspirador e vice-presidente da José Maria da Fonseca, que apresenta a sua última criação – a Trilogia Quadraginta. Uma edição limitada, com a assinatura exclusiva daquele que celebra quatro décadas de dedicação à arte de fazer vinho, e que reflete a mestria e inovação do seu legado.
A Trilogia
Tudo começou em 1980, quando Domingos Soares Franco regressou à Quinta de Camarate, às vinhas da família e ao sonho da enologia e viticultura. Daí, voou até Estados Unidos fora, de onde trouxe os mais profundos saberes. À procura de saber mais e levar mais longe os vinhos da família, Domingos viveu entre experimentações na adega e viagens por esse mundo fora. Foram anos de dedicação ao vinho, fruto de uma grande paixão. Em 2020, as palavras do seu pai, ecoaram-lhe no pensamento: “Sai na altura certa, com lucidez e a porta grande aberta.” Assim fez Domingos Soares Franco, deixando uma carta de despedida que só poderia ser aberta anos depois. Chegou o momento.
O Quadraginta Tinto vinho regional Península de Setúbal 2017 é para Domingos Soares Franco o tinto sonhado há vários anos. O lote final deste vinho é composto por uma seleção especial de castas tradicionais da Península de Setúbal – Touriga Francesa (22%), a casta nacional de eleição para Domingos, proveniente da Herdade de Algeruz de uma vinha de 1998; Trincadeira (44%) da Herdade de Algeruz; e, por fim, a tão querida Castelão Francês (34%), uma pequena parte proveniente de Algeruz e a maioria de uma vinha na Serra da Arrábida. Com uma longevidade de 15 anos, este é um vinho de tonalidade vermelho com rebordos de telha. O seu aroma é elegante com madeira “quanto basta”, com grande evolução no copo, complexo, frutado, com aromas a mirtilos, framboesa vermelha, cassis, estevas, violetas, kiwi, especiarias e flor alcaçuz. No paladar, mostra-se muito elegante, complexo e frutado, com taninos muito suaves, mas firmes. O seu final é muito longo. Para uma melhor apreciação, a garrafa deve ser aberta 24 horas antes de apreciar, utilizando copos grandes e consumido a uma temperatura de 18º graus.
Numa ode ao tão desejado branco, “com madeira quanto basta”, eis o Quadraginta Branco vinho de mesa 2021. As castas pensadas para este vinho foram o Riesling (46%), de uma vinha com 20 anos em Trás-os-Montes, Antão Vaz (44%) de uma vinha com 30 anos na Herdade de Algeruz e, Alvarinho (10%), de uma vinha com 30 anos na Quinta de Camarate. Com uma longevidade de 12 anos, este é um branco de cor amarelo com laivos dourados. O seu aroma é complexo, sempre em evolução, e frutado, lembrando meloa rosa, marmelada, pêssego, mas também jasmim, petróleo e alguma madeira. Na boca, apresenta frescura, uma boa acidez, enquanto se encontra cheio, equilibrado e elegante. Tudo isto suportado por alguma madeira de cascos de carvalho francês. O seu final é muito longo. Para melhor apreciação, a garrafa deve ser aberta umas horas antes de ser servido num copo de tinto grande a uma temperatura de 16º graus.
Por fim, o Quadraginta Moscatel de Setúbal 1998, sendo este vinho para Domingos Soares Franco, o melhor Moscatel de Setúbal que alguma vez fez. Este vinho começou com o espírito criativo e experimentalista do enólogo, de parar vinho generoso com aguardentes provenientes das regiões de Cognac e de Armagnac. Assim, em 1998, Domingos iniciou essa experiência com diversas percentagens dessas duas aguardentes. Após finalizar essa fermentação e respetiva maceração pelicular, o vinho foi para envelhecimento em cascos de madeira usada. Domingos esqueceu-se do vinho até ao tempo da pandemia, onde, retomou esta criação e provou o vinho. De tom dourado com laivos esverdeados, este generoso apresenta um aroma a frutos secos como nozes, figos, avelãs, mas também mel, manga, caixa de charuto, caramelo, trufa, café, acácia, flor limoeiro, coco e casca de laranja. É muito complexo e completo no nariz. Já no paladar, apresenta-se muito frutado, redondo, macio, muito elegante, com doçura elevada, mas muito bem equilibrada pela acidez presente. O seu final de prova é interminável. Para uma verdadeira apreciação deve ser consumido a 12º graus. Com 22 anos de maturação, este vinho é certamente uma verdadeira joia da enologia portuguesa.
“Quadraginta é o reflexo da minha paixão pelo vinho e pelo terroir de Setúbal. Cada garrafa transporta consigo a minha história, experiência e compromisso com a qualidade e inovação. Este é o resultado de 40 anos de carreira, e este é o culminar de todas as minhas criações”, afirma Domingos Soares Franco.
Disponível em edição limitada, a trilogia Quadraginta pode ser adquirida em lojas especializadas e no enoturismo da José Maria da Fonseca.
Quadraginta Tinto vinho regional Península de Setúbal 2017 | P.V.P. Recomendado €190
Quadraginta Branco vinho de mesa 2021 | P.V.P. Recomendado €98
Quadraginta Moscatel de Setúbal 1998 | P.V.P. Recomendado €220
Pack da Trilogia Quadraginta (3 garrafas) | P.V.P. Recomendado €500