A Lavradores de Feitoria acaba de lançar a nova colheita do seu Meruge branco (2021), um DOC Douro 100% português, da casta à madeira da barrica onde estagia.
Ficam assim completas as novas colheitas do quarteto de brancos que compõe o portefólio nuclear da Lavradores de Feitoria, mas há uma estreia a anunciar ainda este ano. Depois do Lavradores de Feitoria, do Três Bagos Reserva e do Três Bagos Sauvignon Blanc, de 2022, com perfis distintos e de complexidade crescente, em função das marcas e posicionamento, é agora a vez deste que é apelidado como um branco de Inverno e com elevado potencial de guarda – motivo pelo qual está a ser lançado o de 2021. Mais “cheio” e complexo tem a particularidade de estar disponível em garrafas de 750mL (€25,00) e de 1,5L (€51,00).
Bastante rico e complexo, o Meruge branco 2021 não deixa de responder ao perfil de vinhos idealizados e percorridos pela Lavradores de Feitoria: frescos, aromáticos e elegantes. A cada gole, dá vontade de repetir, idealmente quando harmonizado com sopas, peixes gordos, bacalhau, polvo, queijos, enchidos e pratos vegetarianos com estrutura. Com uma madeira muito bem integrada, apresenta aromas de fruta fresca, como pêra e marmelo, e ligeiras nuances de ananás. À medida que abre no copo, libertam-se aromas a especiarias e frutos secos, que o tornam muito rico e bastante interessante. Na boca, a acidez faz destacar a sua frescura e a presença de fruta, num equilíbrio perfeito com a estrutura. No palato, ressalta a fruta branca, com algumas notas de frutos secos e ligeiras nuances de baunilha, que advêm do estágio em madeira. Feito em barricas de carvalho português, cru ou sem tosta, durante seis meses, revela-se muito bem integrado. É um branco expressivo e harmonioso, com um final longo e com uma frescura persistente. Promete longevidade.
Meruge é o nome de uma planta silvestre e um conceito de vinhos que interpretam a vinha, para melhor a expressar no copo – de tinto ou de branco. Este é um branco que homenageia a casta Viosinho no seu terroir de eleição: vinhas de altitude, na sub-região do Cima Corgo. Uvas de parcelas situadas em Celeirós e Mateus – distintas na idade e exposição, mas ambas plantadas em zonas altas e frescas –, com uma acidez e uma mineralidade bastante vincadas, contrabalançadas pela fermentação e pelo estágio em barricas. Cheio, complexo e com elevado potencial de guarda.