Do Douro e com a assinatura do consórcio Lavradores de Feitoria, é agora inaugurada uma nova marca – e, para já, um vinho –, que ganha nome com parte de uma das mais conhecidas marcas deste produtor: falamos de Três Bagos e, daqui em diante, também de Bagos. Um nome que nasce para dar corpo a monocastas e/ou a vinhos mais experimentalistas, mostrando assim a versatilidade das uvas existentes no património vitivinícola dos accionistas da empresa: recuperando técnicas e castas tradicionais ou apostando na diferenciação da vinha ao copo, sempre que faça sentido.
A encetar a marca Bagos, um Riesling da colheita de 2017, da autoria do enólogo Paulo Ruão, em estreita colaboração com Raúl Pereira e Margarida Martins, responsáveis pela produção e pela viticultura, respectivamente. “No universo das 20 quintas que dão vida à Lavradores de Feitoria e dos seus cerca de 600 hectares, muito há para podermos explorar. No que toca a uvas brancas, temos o privilégio de ter na Casa se Mateus, em Vila Real, uma espécie de campo de ensaios, de onde vamos experimentando várias castas brancas, resultando em vinhos que reflectem o compromisso entre o terroir do Douro e a qualidade das variedades eleitas, quando não autóctones.”, afirma Paulo Ruão. É precisamente ali que têm origem as uvas deste Bagos Riesling 2017. Vinificado apenas em cubas de inox, é um branco fresco, mineral e elegante, no qual sobressai fruta branca e um toque apetrolado, tão típico da casta e mais evidente com a evolução em garrafa.
O Bagos Riesling 2017 tem uma cor palha limão bastante límpida e viva. Do olhar ao paladar, estamos perante um branco de aroma fino e elegante. Ao primeiro impacto, aroma fresco de fruta de polpa branca e algumas notas florais, acompanhadas de um toque apetrolado, bem característico da casta e muito elogiadas por fãs de Riesling. A boca acompanha na frescura, somando mineralidade. Apresenta sabores a fruta, como pera e algum ananás, suportados por uma boa acidez, o que lhe proporciona um excelente equilíbrio. Bastante harmonioso, promete uma boa evolução. Para beber como aperitivo, a solo, ou à mesa, com entradas frias, peixes magros, peixes grelhados, frutos do mar, pratos asiáticos com toques picantes e alguns queijos. No mercado a partir de Novembro, com um PVP de €18,00.
Ciente da capacidade das suas uvas para produzir brancos de guarda, a Lavradores de Feitoria está apostada no lançamento de novas referências. Com outros vinhos na calha, para já, é desfrutar deste Riesling da colheita de 2017, lançado passados seis anos, mas sempre com cunho de frescura e elegância.