Nos últimos dois anos tem sido um bom desafio acompanhar o dinamismo da Adega do Cartaxo. O ano de 2023 marcou o início de uma “nova era” desta empresa produtora de Vinhos do Tejo. Desde então, assistimos ao nascimento da marca Detalhe – já com quatro vinhos; 2 brancos e 2 tintos – e da dupla Adega do Cartaxo Tejo Fernão Pires branco e Castelão tinto; foi lançado um vinho para celebrar os 70 anos da Adega; fizeram-se os relançamentos do Bridão Fernão Pires branco 2007 e do Desalmado tinto 2015, este último a propósito dos 10 anos da marca. O verão de 2025 é agora o ponto de partida para a estreia da marca Cuco Maluco, assumidamente moderna. Com uma imagem alegre e divertida, a refletir o conteúdo, engarrafa vinhos leves, elegantes e final suave. Com pouco álcool (9,5%) são fáceis de degustar (easy-drinking) e, por isso, com um posicionamento de bebida de transição.
A marca Cuco Maluco estreia-se com um branco de Fernão Pires. A mesma variedade de uva, um estilo bem distinto dos monocastas de Fernão Pires Bridão 2007 e Adega do Cartaxo Tejo 2022. De futuro, a Adega idealiza lançar um Cuco Maluco Castelão rosé. A aposta da Adega do Cartaxo em lançar vinhos feitos de Fernão Pires (uva branca) e Castelão (uva tinta) tem como objetivo alavancar a estratégia de promoção iniciada e liderada pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, desde 2018, e que assenta em dar palco às duas castas rainhas da região, assumindo-as como porta-bandeiras.
Produzido no Cartaxo, terra que tem nome de pássaro, assume também ele um nome de uma ave, alegre e divertida, como o vinho que apresenta. O cuco é uma ave migratória muito comum no Ribatejo e, especificamente, na zona do Cartaxo, durante a primavera e o verão, quando vem de África para nidificar. A região tem mosaicos agrícolas, matas e zonas abertas, ambientes favoráveis ao cuco, especialmente por conter áreas com vegetação densa, onde se pode esconder e onde há abundância de aves hospedeiras (como toutinegras), nas quais ele parasita os ninhos.